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Considerações sobre “Meditações Poéticas” de Lothar C. Hoch

Meditações poéticas

O fato de ter exercitado o pastoreio e, com certeza, ter tido a oportunidade em ler e meditar sobre obras dos grandes mestres da literatura religiosa universal, já classifica Lothar Carlos Hoch como um grande pensador.No outono de sua vida, embora não esteja mais no pastoreio, ele reflete, medita e transpõe para o papel os seus sentimentos, sentimentos estes de amor, de carinho e de realidade em que nossa passagem pelo planeta é transitória e o que fazemos para o bem comum ficará registrado no panteão da história do amor em todas as suas nuances.
Ao ler Meditações Poéticas nos horários em que a cidade dorme, recebi e absorvi pérolas de Lothar, agora incursionando pelo fazer poético.
Longe de citar grandes pensadores litúrgicos (poderia, pois os estudou), e compor seus poemas com citações, Lothar dá demonstrações de carinho e de piedade e amor ao descrever em um poema o seu Manoel que apoiado em sua bengala, é perturbado pelo barulho do tráfego e o ancião ao inalar comida lembra-se de sua mãe longe de si no tempo e no espaço, mas não de sua alma.
O poetar de Lothar passeia pela alma errante, pelo sentido da vida, pelo conhecimento com um português castiço encontrado nos grandes poetas da literatura brasileira. Como resultado, poemas bem escritos ao gosto de todos.
Palavras que poucos poetas atuais usam em seus poemas, Lothar as coloca com tranquilidade como se as usasse no seu dia a dia, compondo seus poemas com sentido, leveza e ritmo em cada verso.
O poeta Lothar caminha e reflete como a vida é efêmera; quanto de amor se pode espalhar apenas com um gesto de bondade, com um sorriso e com um abraço.
Este “dar” sem fronteiras, sem preconceito, sem barreiras de arrogância ou egoísmo, faz da poética de Lothar uma obra que delicia, encanta e nos faz pensar que nossa passagem é rápida, que temos pouco tempo para semear Amor, o objetivo maior de Deus para conosco, e levarmos para o Além, boas sementes plantadas neste percurso.
Lothar também homenageia com um poema singelo, sua esposa Ella Sabine, seu sabor de pitanga, uma frutinha saborosa encontrada no nosso litoral. De cor vermelha e tamanho delicado, a pitanga simboliza o Amor que dedica à companheira de sua vida, o Amor Cristão, o Amor da dedicação e do afeto.
Poderia fazer uma análise mais profunda citando trechos de vários poemas, mas prefiro sintetizar a obra de Lothar, Meditações Poéticas, como sendo um Hino ao Amor, um Hino à Vida, um Hino ao Coração!

Ilha de Santa Catarina, 25 de novembro de 2017

Prof. Maura Soares
Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Academia Desterrense de Letras
Grupo de Poetas Livres


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