Gênesis 2.8-20

Gênesis 2.8-20

Depois de criar o ser humano, Deus prepara a sua morada, um jardim com todo tipo de árvores. Duas chamam a atenção: a árvore da vida e a do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2.9). No jardim nasce um rio, que se abre em quatro e rega a terra toda (2.10-14). O ser humano tem a função de trabalhar e guardar o jardim (2.15), como representante do Criador. Para nunca esquecer que é representante de Deus, e não dono do jardim, Deus deixa uma determinação: o ser humano pode comer de tudo, só não da árvore do conhecimento do bem e do mal. Isso lhe traria a morte (2.16-17). Essa função de cuidadores do paraíso se estende a todos os humanos, até nós hoje. E também a responsabilidade de ser cuidadores e não querer ser donos do jardim.

Percebendo que estar só não era bom para o ser humano, Deus cria animais e aves para estarem ao seu lado (2.18-20). A expressão hebraica êzer qenegdô (2.18) significa “alguém para ajudar e estar ao lado”. Não envolve nenhum tipo de subordinação. Talvez a palavra que melhor traduza essa expressão seja “ser parceiro”, que envolve tanto partilha de tarefas como convivência. A mesma expressão é usada em Gênesis 2.20 para se referir ao parceiro ou à parceira que Deus vai criar, ao constatar que entre os animais criados não se achava um parceiro ideal. 

Essa vinculação entre o ser humano e os animais é importante. Quando o profeta (Isaías 11.6-9) fala da convivência mútua entre humanos e animais na era vindoura, temos aí uma boa descrição de como Deus pensou a sociedade do Éden. 

Dia 7 – Ano 1