1 Reis 19.9-12 (2)

1 Reis 19.9-12

Estamos com Elias no Monte Horebe, o Sinai, onde Deus aparece a ele envolto em fenômenos da natureza. Tal como havia aparecido, muito tempo atrás, aos israelitas saídos do Egito, nesse mesmo lugar. Mas o que se passou na história do povo de Deus entre um acontecimento e outro tem muito a dizer sobre o propósito de Deus com a humanidade e com o mundo, em função do qual Ele se revela a este povo.

A Moisés e os israelitas, Deus apareceu no alto do monte, de um jeito que moveu neles um sentimento que tem sido descrito como mysterium tremendum, “mistério arrepiante”, uma percepção do sagrado que gera temor. Fogo, vendaval, vozes como trombetas, a terra tremendo. Depois disso, Deus deu ao povo a Instrução, os mandamentos, as orientações para a preservação da liberdade. A Elias, agora, Deus aparece no mesmo lugar. De novo, vendaval, terremoto, fogo. Mas dessa vez Deus não está neles. Por fim, “uma voz suave e silenciosa” (1 Reis 19.12). Que fez ressoar em Elias um sentimento que tem sido descrito como mysterium fascinosum, “mistério fascinante”, uma percepção do sagrado que fascina, que atrai. Elias percebeu, sem que fosse preciso dizer algo, que era Deus passando junto a ele.

Num momento da narrativa em que parece que o plano de Deus está dando em nada, tendo Seu povo se deixado seduzir por Mamon e por Baal, Deus leva o profeta ao ponto de origem e Se mostra a Ele. Mas dessa vez, Deus não está onde seria de esperar que Ele estivesse. E está onde menos se esperaria. Não mais vozes como trombetas, e sim “uma voz suave e silenciosa”. Talvez uma brisa quase imperceptível. A ênfase está no silêncio e na percepção imediata que é suscitada no coração do profeta. Deus falando no silêncio! E Elias percebe que é Ele, o Deus de Israel.

Dia 325 – Ano 1