Abner, o comandante do exército de Israel, tinha sido covardemente assassinado por Joabe, comandante do exército de Judá. A notícia trouxe pânico à corte israelita (2 Samuel 4.1). Até aí a capacidade militar do comandante Abner tinha sido a principal razão de o reino ainda ter se mantido.
O narrador começa apresentando dois capitães de tropas, sem nada dizer sobre o porquê (v.2-3). A seguir, muda de assunto e fala de um filho de Jônatas que ainda estava vivo, Mefibosete, que quando pequeno teve um problema nos pés (v.4). Só aí os dois capitães, Recabe e Baaná, voltam à cena (v.5), a caminho da casa de Is-Bosete, o rei, filho de Saul. Os dois matam Is-Bosete (v.6-7), lhe cortam a cabeça e a levam a Davi, achando que seriam recompensados por terem morto o inimigo dele (v.8). A reação de Davi (v.9-12) está em linha com o que temos visto dele até aqui.
Assim, por caminhos tortuosos, finalmente o reino se unifica sob o poder de Davi (2 Samuel 5.1-3), como era o plano divino desde que Deus tinha rejeitado Saul e mandado Samuel ungir Davi.
Sem ter que se preocupar com rivalidades internas, Davi dá início a um longo reinado, que quando chegar ao fim terá mudado muitas coisas em Israel. Primeiro ele pensa em uma nova capital. A escolha recai sobre Jerusalém, uma cidade fortificada dos jebusitas. Davi a conquista, e se instala (v.6-9). Uma pequena nota fala do poder crescente de Davi, e o atribui à presença divina (v.10).
Esse fato começa a ter repercussão internacional. O rei de Tiro, um importante entreposto comercial ao norte de Israel, envia a Davi madeiras nobres e operários especializados em construção, para lhe construírem um palácio (v.11) numa colina chamada Sião, em Jerusalém. Outra pequena nota (v.12) dá conta do reconhecimento de Davi de que Deus tinha firmado o seu reino, como Saul (1 Samuel 24.20) e Abigail (25.28) haviam previsto.
Os filisteus, ouvindo isso, subiram para guerrear contra Davi (v.17), mas em duas ocasiões Davi os derrotou (v.18-23), em uma delas com uma ajuda misteriosa de Deus (v.24). Parece que finalmente um tempo de paz se aproxima.
Dia 262 – Ano 1