Deuteronômio 33

Deuteronômio 33

No fim do capítulo anterior, Deus convida Moisés a subir a uma montanha de onde ele poderia avistar a terra prometida (Deuteronômio 32.48-52). Dali também, como Balaão (Números 22 a 24), ele podia ver os israelitas acampados num vale perto do Jordão, e abençoá-los. Essa bênção de Moisés é o tema de Deuteronômio 33.

Tribo por tribo (começando por Rúben, v.6, e terminando por Aser, v.24), Moisés abençoa o povo do qual se despede, tal como fizera Jacó antes dele (Gênesis 49). Nós que, como povo de Deus hoje, lemos e ouvimos as palavras dessa bênção ao povo de Deus de ontem, somos convidados a nos identificar com ele. “Feliz és tu, Israel! Quem é como tu, povo salvo pelo Senhor?” (v.29), vale também para nós, para todo o povo de Deus espalhado por esse mundo de Deus. O Deus eterno, nosso lar, que nos recebe e carrega em Seus braços (v.27). Que está pronto para vir “cavalgando no céu”, para nos ajudar quando precisamos (v.26).

A presença de Deus na história é bem concreta. Não é imaginação. O v.2 dá coordenadas bem concretas. O Senhor é, bem particularmente, o Deus das “tribos de Israel” (v.5). Mas isso não significa que Ele deixe de amar os outros povos. Pelo contrário, é justamente porque Ele continua sendo o Deus dos povos, que Ele se tornou o Deus de Israel. “De verdade amas os povos!” (v.3). 

Também entre os povos há “santos” (v.3). A bênção de Moisés começa retomando a perspectiva universal que às vezes o povo de Deus vai perdendo. Também os santos dos povos “estão em Tuas mãos, se colocam a Teus pés, e aprendem das Tuas palavras” (v.3). É nessa perspectiva ampla, abrangendo a humanidade toda e a criação toda, que temos que ler essa bênção às doze tribos. Deus fez da família de Abraão uma “grande nação”, para que “nela sejam benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.2-3).

Dia 183 – Ano 1