Êxodo 15.22 — 16.36

Êxodo 15.22 — 16.36

O trecho anterior terminou em festa. Agora começa a longa travessia do deserto: “Então Moisés fez Israel partir do Mar dos Juncos” (15.22), onde haviam tido aquela maravilhosa experiência do cuidado divino.

Mas o sublime não dura muito. Em três dias (ao longo da Bíblia, “três dias” indica um período crítico) o povo “cai na real”. O que leva à pergunta: o que é real, afinal? A resposta a esta pergunta é cheia de implicações. Aprender a respondê-la desde a perspectiva divina, é um aprendizado difícil, como veremos sempre de novo. No momento o povo está com sede e sem água. Quando finalmente encontram água, ela não é potável (15.22-23). O povo já se agita de novo contra Moisés (v.24). Moisés não sabe a resposta, mas sabe Quem pode tê-la (v.25). 

Êxodo 15.25 é muito significativo para a narrativa. Junta duas coisas que de agora em diante o povo vai ter que aprender a juntar: o livramento divino e o mandamento divino. Aprender a articular corretamente livramento e mandamento, será uma chave das mais importantes para o povo de Deus. Ele precisa aprender que a libertação nos torna responsáveis, nos compromete. E que o mandamento é a sequência da libertação: o mandamento divino quer continuar e aprofundar a libertação.

Também Êxodo 15.26 é muito importante. O mandamento divino se correlaciona com a enfermidade. Quer sarar. Quer curar! 

Depois de solucionar o problema da falta de água (15.27) o capítulo 16 fala de comida. É Deus “preparando uma mesa no deserto” para a Sua querida família. O povo, como conta o Salmo 78 (v.19), duvidava de que Deus pudesse fazer isso. Ao longo deste capítulo 16, impressiona como o povo insiste em não escutar o que Deus diz. Uma vida de dureza tinha deixado marcas profundas, que Deus trabalhará com amor e paciência.

Dia 69 – Ano 1