Êxodo 4

Êxodo 4

A partir de agora veremos, sempre de novo, quantos riscos Deus corre com Sua opção por agir através de pessoas. Certamente seria bem mais fácil dispensar estes mediadores tão inaptos! Mas como eles aprenderiam, então? E para Deus, isso parece ser o que mais importa.

Moisés não parecia ter grandes predicados para ser mediador da graça e do juízo de Deus. No trecho anterior pudemos ver como, desde o começo, Moisés tentou desconversar (Êxodo 3.11). Agora ele argumenta com Deus, de modo irritante (Êxodo 4.14). Quando fica sem argumento, ele abre o jogo (4.10: “tenho a língua pesada”). Vendo que Deus tem resposta para isso, ele bate de frente: “manda qualquer um, menos eu!” (4.13). Na sequência da narrativa veremos como Deus consegue realizar Seus intentos através de pessoas como Moisés. E como, nessa sua humanidade de altos e baixos, de pontos fortes e pontos fracos, Moisés serve para ser mediador de Deus. Deus nos conhece melhor do que nós mesmos. Isso deveria nos tornar inelegíveis para o Seu serviço! Mas, de alguma forma, Ele vê algo em nós que talvez nós mesmos não vejamos.

Para o sogro, Moisés diz que quer ir ao Egito visitar seus irmãos (Êxodo 4.18). Leva a família toda (4.20). No caminho, acontece algo difícil de explicar direito (4.24-26). A ameaça de matar o primogênito, que Moisés deve anunciar ao faraó (4.23), se estende ao primogênito do próprio Moisés. A mulher de Moisés age rápido e circuncida o menino, livrando-o. Depois disso, Moisés encontra Arão, seu irmão (4.27-28), que será seu porta-voz, e os dois partem para Egito e lá se encontram com as lideranças do povo (4.29-31).

Dia 59 – Ano 1