Gênesis 1.26 – 2.3

Gênesis 1.26 – 2.3

O movimento da criação chega ao seu ápice no sexto dia (Gênesis 1.24-27). Nele, ao comando de Deus, a terra faz surgir as espécies animais que povoam o planeta (1.24). Nele, também, Deus faz o ser humano (1.26-27). Este relato tem características próprias. Primeiro, Deus dialoga com os seres espirituais à Sua volta, que participam do processo. Segundo, o adam (ser humano) a ser criado terá responsabilidade sobre a vida no planeta. Terceiro, o ser humano será representante do Criador (Sua imagem).

O v.27 deve ser lido com atenção. “E criou Deus o ser humano à Sua imagem, à imagem de Deus o criou. Masculino e feminino os criou”. O ser humano criado à imagem de Deus contém em si tanto o princípio masculino como o feminino. Eles só serão separados mais tarde (Gênesis 2.20-25). O ser humano à imagem de Deus é como o próprio Deus, com características tanto paternas quanto maternas, tanto masculinas quanto femininas. Isso se reflete, entre outras coisas, no modo como ele deveria administrar a criação. Não como dominadores, mas como “pastores do ser” (1 Pedro 5.2-3), cuidadores e cuidadoras da criação e da vida.

Ao fim do sexto dia, Deus examina tudo que fez (“os céus, a terra e o conjunto dos seres que os habitam”, Gênesis 2.1). E constata que tudo está “muito bom” (1.31). No sétimo dia, temos o que Hebreus 4.10 chama de “descanso de Deus”, que completa a criação. Deus o declara “dia santo” (Gênesis 2.3). Paulo o descreve como o dia em que Deus “será tudo em todos” (1 Coríntios 15.28). Os humanos são chamados a viver a boa criação divina na perspectiva desse dia, que emoldura a nossa caminhada.

Dia 5 – Ano 1