Isaías 50.2-3

Isaías 50.2-3

Em pleno cativeiro babilônico, o Senhor está tendo uma conversa séria com a Filha de Sião. Ela está enganada, está se enganando e com isso trilhando caminhos perigosos. Está tão voltada ao seu próprio umbigo, que Deus acaba desaparecendo de vista. Por que Eu vim e não havia ninguém? Chamei, e ninguém respondeu? (50.2).

No hebraico há um jogo de palavras difícil de ser traduzido. Três vezes, num curto espaço, aparece a palavrinha êin (“não”). Duas vezes Deus constata que, da parte deles, o que há é um não. Não havia ninguém. Não fui ouvido. Na terceira vez, a palavra é usada para se referir a uma conclusão que eles tiram, do não deles próprios. Não há em mim poder para libertar? Do não deles, eles presumem um não em Deus! Isso é mais que jogo de palavras. O que isso mostra, é que tendemos a fazer Deus à nossa imagem. E aí Deus acaba tendo o nosso tamanho. E quando eu me sinto um nada…

Parece que o povo de Deus estava resolvendo suas crises de fé de várias maneiras. Uma seria: Deus não está aí para mim, eu não estou aí para ele. Outra seria: eu digo que estou aí para Deus, mas como eu sinto que Ele não está aí para mim, o que eu vivo é diferente do que o que eu digo. Uma terceira, seria: eu percebo Deus de um jeito errado, no lugar errado. Aqui entram os ídolos. Aí eu oro e clamo a Deus, e Deus não responde. Por fim, uma quarta maneira de enfrentar a crise da fé é: ouvir Sua palavra de julgamento, reconhecer que Ele tem razão, e voltar a Ele de coração. E ter disposição de reaprender o que significa andar com Deus nesse mundo.

No passado, Deus libertou Seu povo do poder dos egípcios. Fez secar o mar, fez dos rios um deserto, deixou o Egito numa escuridão total. Deus continua o mesmo, continua poderoso e com a mesma disposição amorosa em relação ao Seu povo hoje. Será que o Meu braço se encurtou? Não há poder em Mim para libertar? 

Dia 113 – Ano 2