Números 22

Números 22

Chegamos ao lugar em que os israelitas farão seu último acampamento antes de entrarem na terra prometida: a planície de Moabe, às margens do rio Jordão (Números 22.1). Do outro lado ficava a cidade de Jericó, já na terra de Canaã. Aqui a narrativa faz uma parada. Até o fim de Deuteronômio, este é o lugar onde tudo acontece.

Balaque, o rei dos moabitas (v.4), fora informado dos sucessos dos israelitas (v.2) e seu povo estava com medo (v.3). Percebendo que seria difícil vencer os israelitas em combate (v.6), ele decidiu apelar para as forças superiores: mandou uma comitiva procurar um conhecido xamã, de nome Balaão (v.7), para que amaldiçoasse os israelitas (v.6).

O narrador coloca intencionalmente, desde cedo, o nome do Senhor na boca de Balaão (v.8,13). Isso pode estar mostrando o jeito como se faziam esses procedimentos. Conhecendo o nome do deus, o xamã obtinha controle sobre ele, e nada mais eficaz do que fazer os inimigos serem amaldiçoados pelo próprio deus deles.

Mas aqui estamos falando do Nome que está além de todos os nomes. E é isso que Balaão iria, aos poucos, perceber. Já no v.18, o narrador faz Balaão falar do Senhor como “meu Deus”. É esta supremacia do Senhor que é o foco destes capítulos. E é por isso que eles estão colocados neste ponto da narrativa, com os israelitas se preparando para entrar na terra prometida, mas com inimigos poderosos pela frente, e com seus líderes (Moisés e Arão) morrendo.

Nos próximos capítulos teremos a sequência dessa história dramática, onde um xamã, contratado para rogar praga sobre os israelitas, vai sendo convencido pelo Deus de Israel de que ele nada pode fazer contra Ele ou contra o Seu povo.

Dia 137 – Ano 1