2 Reis 4.38 — 5.14

2 Reis 4.38 — 5.14

Num difícil período de estiagem, o profeta Eliseu manda preparar um sopão para matar a fome dos discípulos dos profetas. Um deles sai ao campo para catar ervas para colocar na sopa. Acha uma que eles não conheciam, leva para casa e pica em pedaços no panelão que está cozinhando. Quando começam a comer, percebem que ela não é comestível. Eliseu manda trazer farinha e colocar na panela, e assim o efeito maléfico é anulado. E todos puderam comer e saciar a fome (2 Reis 4.38-41).

Em outro momento, uma pessoa traz ao homem de Deus um pouco de comida de uma oferta de início de colheita. Eliseu manda que repartam entre o povo da comunidade. Quando alguém replica que isso não é que chega para tanta gente, Eliseu insiste e anuncia uma palavra do Senhor: “Vão comer, e vai sobrar” (4.43). E dito e feito, todos comeram e ainda sobrou.

A seguir o texto amplia o compasso, mas sem abandonar o foco no particular, na vida das pessoas que vão lutando vida a fora. Naamã, um comandante do exército sírio, sofre de uma doença incurável da pele (o diagnóstico de “lepra” naquele tempo podia cobrir várias enfermidades de pele). O modo como Naamã é apresentado (2 Reis 5.1) é interessante. Naamã era um homem importante e respeitado no alto comando sírio. A Síria, naqueles dias, se achava em constantes conflitos com Israel. Mesmo assim o texto pode altaneiramente dizer que através de Naamã “o Senhor tinha dado vitórias aos sírios”.

O texto inclusive conta que, numa das investidas dos sírios em território israelita, uma garotinha havia sido capturada e hoje era escrava na casa de Naamã. Em dado momento, ela ousa dizer uma palavra à patroa: se o seu marido fosse se consultar com o profeta que está em Samaria, na certa ele o curaria (5.3). E ela relata ao seu marido o que “a serva da terra de Israel” lhe havia dito. O assunto chegou ao rei, que sugeriu que Naamã fosse, que ele mandaria uma carta ao rei de Israel explicando tudo. Naamã prepara um grande presente e se vai, com sua comitiva. E entrega a carta ao rei de Israel.

Ao ler a carta, o rei de Israel quase tem um ataque. “Será que ele está pensando que eu sou Deus?” E dispara: “Anotem o que eu estou dizendo, ele está querendo briga”. Quando “Eliseu, homem de Deus” ficou sabendo, mandou uma mensagem ao rei: “Por que rasgaste tuas vestes? Que ele venha até mim, e se saiba que há profeta em Israel”. Então Naamã foi para se apresentar a Eliseu. Eliseu manda um mensageiro ao seu encontro, dizendo: “Vai e te lava sete vezes no Jordão, e tua pele vai se regenerar e vais deixar de estar impuro” (5.7-10). Naamã ficou furioso e foi embora. Ele imaginava que o homem de Deus iria fazer todo um ritual de cura e purificação. Se é para tomar banho, os rios da Síria são bem melhores! E se foi, indignado.

Dia 341 – Ano 1