Êxodo 7

Êxodo 7

Desde que Deus decidiu entrar em ação, os obstáculos vão se multiplicando. Uma boa oportunidade para o povo de Deus aprender uma lição das mais importantes: fé é seguir em frente, não obstante, apesar dos obstáculos. Novos obstáculos irão surgir como consequência do próprio agir de Deus. Isso tende a nos fazer esquecer que a vida antes era uma escravidão. Essa será uma tentação constante para os israelitas, nessa fase de sua caminhada na fé.

Deus insiste com Moisés: vai dizer as minhas palavras ao faraó (Êxodo 6.29; 7.1-2). E repete (7.4) o que já tinha dito a Moisés antes mesmo de tudo começar: que não ia dar certo! (cf. 4.21). Êxodo 7.10 coloca de novo Moisés e Arão diante do faraó. Começa, agora, o confronto aberto entre o enviado do Senhor do universo e o faraó, o senhor do mundo. No primeiro confronto, o assistente de Moisés enfrenta os assistentes do faraó. O cajado de Arão engole todos os outros (7.10-13). Isto é como que uma prévia do que está por vir. No dia seguinte, Deus manda Moisés e Arão confrontar o faraó novamente, quando este sai para se banhar no rio (7.15). Naquele dia, o banho do faraó acabou literalmente num banho de sangue.

Começa agora uma sequência de ações duras que Deus manda sobre o Egito. A linguagem bíblica as chama de “pragas”. A primeira é recebida com certo desdém pelos assistentes do faraó. Também eles sabem como transformar água em sangue (7.22). E assim eles, orgulhosamente, trazem ainda mais sangue sobre o Egito. A ironia da situação só não é percebida por eles e pelo faraó, que segue seu caminho impávido (7.23). A população em geral, no entanto, começa a sentir o peso da arrogância e insensibilidade dos seus líderes (7.24-25). Não há mais água para beber. Além disso, os peixes começaram a morrer e o cheiro se torna insuportável.

Dia 61 – Ano 1