Juízes 2.6-23

Juízes 2.6-23

Como os israelitas preferiram seguir suas próprias inclinações, Deus deixou que a coisa seguisse do jeito que eles queriam (Juízes 2.2-3), para que eles pudessem aprender com isso. Aparentemente eles sabiam que não estavam em bom caminho (2.4), mas não sabiam o jeito de mudar as coisas. Uma importante lição a ser aprendida.

A repetição do relato da morte de Josué e de toda a geração passada (2.6-10), nesse contexto, traz maus pressentimentos. O que temos agora é uma nova geração, “que não conheceu o Senhor, os feitos que Ele realizou em favor de Israel” (v.10). Duas coisas se destacam aqui.

A primeira é que cada geração tem que conhecer Deus por si própria. É um conhecimento do tipo experimental. O que as gerações passadas aprenderam, tem caráter indicativo e insinuativo, mas não pode substituir a experiência própria (e nem deveria ser obstáculo a ela).

A segunda é que o Deus de Israel não se deixa conhecer como outros deuses. A gramática do v.10 mostra a íntima conexão entre conhecer este Deus e conhecer “Seus feitos”, o que Ele fez e faz na história e na vida das pessoas e do povo. É ali que Ele se revela, e é ali que Ele quer ser conhecido. É por isso que a narrativa e o testemunho têm tanta importância para a Bíblia. É no que ali é contado que Deus se revela e se deixa conhecer. 

O restante do capítulo 2 contém um resumo de um largo período histórico, do ponto de vista da relação do povo com seu Deus. Começa com uma frase que sintetiza: “E os filhos de Israel fizeram o que é mau perante o Senhor” (2.11). O que é logo explicitado: “Deixaram o Senhor, o Deus de seus pais … e seguiram outros deuses” (2.12). E assim “a mão do Senhor se virou contra eles, para seu mal, como o Senhor lhes havia advertido” (2.15). E foi se constituindo um círculo vicioso, uma espiral descendente. Quando o aperto era muito grande (2.15), Deus suscitava “juízes” que os libertavam (2.16,18). Passado algum tempo, os israelitas “reincidiam e ficavam piores que os seus pais” (2.19).

Dia 208 – Ano 1