O profeta estava sentado num banco da praça quando ouviu o fuzuê que vinha pela rua 15. Um amontoado heterogêneo de gente trazia um homem pelo braço enquanto gritava, desordenado, coisas como “mulambento, vagabundo, preguiçoso, vadio, põe numa kombi e leva de volta pro Paraná”. Continuar lendo Num banco da praça
Desapego (3)
Nuvem
Então entra na história uma estranha espécie de interlúdio. Uma pausa no roteiro. Descreve-se, no enredo do Velho Testamento, logo depois da saída do Egito, uma pequena metáfora da humanidade. Um arquétipo da história toda, da estranha proposta de Deus para o ser humano. Continuar lendo Desapego (3)
Desapego (2)
Rastros
Desde o início dos relatos bíblicos a narrativa nos mostra um Deus pronto a desfazer, desmontar, derrubar e começar de novo. Ele constrói um jardim e em seguida o abandona. Cria o mundo e o destrói no dilúvio. Continuar lendo Desapego (2)
Desapego (1)
Liberdade e cruz
São muitas as narrativas bíblicas que descrevem o desapego de Deus com tudo aquilo que é resultado da construção humana. Enquanto nós sofremos quando a camiseta velha mas cheia de história torna-se pano de chão, Deus faz questão de destruir as vestes antes que se tornem um poço de lembranças que nos prendem ao passado. Continuar lendo Desapego (1)
Reflexões na Hora Silenciosa
O assunto de hoje é a leitura diária da Palavra de Deus. Um dos primeiros conselhos que jovens crentes recebem, e um dos mais difíceis de realizar ao longo da vida. Precisamos urgentemente nos reconciliar conosco mesmos, neste aspecto. Continuar lendo Reflexões na Hora Silenciosa
Vida “Normal” e Vida “Devocional”
Hoje sairei da sequência do livro Caminhos de Reconciliação para falar de caminhos de reconciliação na vida dos crentes. Não da vida toda, naturalmente, vou me concentrar num aspecto: o que temos chamado de “vida devocional”. Esse jeito de falar já sinaliza uma separação. Separamos a vida “cotidiana”, “normal”, da vida “devocional”. Isso pode ser só jeito de falar, sem dúvida. Mas pode também ser sintoma de, ou abrir caminho para coisa mais profunda.
Céu e Terra
Deus criou um universo tendo ao mesmo tempo duas características. A primeira é uma rica diversidade, um verdadeiro festival de seres e coisas. A segunda é que, nesta fantástica diversidade, cada ser, cada coisa tem sua individualidade, o seu próprio, que o distingue de todos os outros seres e coisas. Na verdade, só verdadeira individualidade garante verdadeira diversidade, e vice-versa.
Conteúdo e Forma (Saber e Sabor)
Nesse blog queremos conversar, de um jeito informal, sobre questões tratadas no meu livro Caminhos de Reconciliacão. Quando me perguntam se ainda vou escrever uma Teologia Sistemática, hoje eu respondo que já escrevi. Tudo que eu queria dizer, num primeiro momento, disse nesse livro. Ele carrega uma opção formal que já é, ela própria, parte do que penso que tenho a dizer. Ou seja, aqui forma já é parte do conteúdo.